Futuro

Nicole Silveira sonha com pódio olímpico nos próximos Jogos de Inverno

Após atingir marca inédita no Mundial de skeleton, rio-grandina fala ao DP sobre os planos para seguir melhorando os resultados

Foto: Divulgação - IBSF - Para o próximo Mundial, meta é ficar no top-10 após o 16º lugar da semana passada

Por Gustavo Pereira
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Nicole Silveira, 28 anos, é a principal responsável pelo crescente número de manchetes sobre esportes de inverno no Brasil. Nascida em Rio Grande e radicada no Canadá há duas décadas, a enfermeira que virou atleta chegou, semana passada, em 16º lugar no Mundial de skeleton, na Suíça. Conforme trouxe matéria recente do DP, foi a melhor colocação de um representante do País na competição.

Mas ela quer mais. Ao conversar com a reportagem, nesta terça-feira (31), Nicole falou em continuar quebrando paradigmas. O primeiro objetivo é entrar no top-10 do próximo Mundial. “Tinha esperança de ter sido esse ano, mas infelizmente não tinha muita experiência nessa pista. Espero [conseguir] ano que vem”, projeta.

Sobre os próximos Jogos Olímpicos de Inverno, em fevereiro de 2026, a perspectiva pode ser ainda mais ousada. “Acho que precisamos sonhar longe. Um pódio seria incrível e não necessariamente fora do possível. Tenho planos para o futuro agora que espero avançar mais ainda. Mas sim, o objetivo para as próximas Olimpíadas é do primeiro ao sexto lugar”, resumiu.

Crescimento da modalidade

Na visão da atleta, a divulgação e o reconhecimento dos resultados geram o aumento do interesse do público brasileiro. Ela diz estar “sempre à procura” de novos praticantes de skeleton – em 2024, há a próxima edição dos Jogos da Juventude.

“Acho muito legal ter pessoas agora no Brasil seguindo minha temporada e dando maior suporte. Espero que consigamos continuar esse crescimento”, afirma.

Primeiro o bobsled, depois o skeleton

Desde os sete anos morando na cidade de Calgary, Nicole começou nos esportes de gelo praticando bobsled, enquanto era estudante de enfermagem. Convidada por um colega para ser brakewoman - atleta responsável por frear o trenó do bobsled – do time feminino do Brasil, ela e o restante da equipe não conseguiram se classificar para os Jogos de Inverno de 2018.

“Tendo a experiência do bobsled, gostei da modalidade dos esportes no gelo e de estar convivendo com a galera. Como sou uma pessoa que gosto de ter mais controle [do trenó], não gostei muito de estar na parte de trás do trenó, como breakwoman. Então sabia que voltaria no ano seguinte como piloto de bobsled ou como atleta de skeleton”, continua Nicole sobre a trajetória.

O início no skeleton, segundo ela própria, não despertou tanto gosto. “Fiz uma escola depois e quando aprendi um pouco como controlar o trenó, me apaixonei”, resume. Desde então, Nicole concilia a rotina de enfermeira à vida de atleta.

O skeleton

Disputado individualmente, o skeleton é considerado um dos esportes de inverno mais radicais. Nas competições, o atleta se lança em um trenó e desce de cabeça a pista. Ele faz de duas a quatro descidas e vence quem tiver o menor tempo no total.

Assim como o bobsled, a origem do esporte remonta ao século 19, com a popularização dos trenós como meio de transporte em montanhas. Alemanha, Áustria, Suíça, Reino Unido e Canadá são alguns dos países que se destacam nas principais competições internacionais, mas a modalidade vem se expandindo a outras nações, como Coreia do Sul, Austrália e o próprio Brasil.

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